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DESPREZANDO A TEBAIDA

Não sou o que esperam, não tenho a pretensão De ser tão são, Observo-me e não vejo o interior que almejo, Encontrar no reflexo deste ser-sacolejo Os fragmentos vis de um reflexo lunar. Sou o que filosofa sem saber onde o sofá, O que esquece o que lembra, sem estar, O que prefere as nuas nuvens aos raios fatais, A crer no Minotauro prefiro as gladiatrix Que lutavam por glória, marcianas vestais. No fundo do oceano de mim não mergulho Pelo esmagamento que pode ocorrer, Mas na superfície martelo um baú Com Pandora ao centro, dando o que tira, Roendo a esperança que cubro mas aos males Rangendo em volta do espanto, expondo tola raiva, Vomitando sentenças, acendendo o desejo Pela alma que mamila e buceteia meus lábios.