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Mostrando postagens de junho 17, 2015

SOB TUA PALAVR'ÁRVORE

Cada vez que penso, a poesia se enfeita. Penso com os olhos fechados, abertos para dentro. E cada vez que me fecho o mergulho é mais fundo. Pretendo mergulhar até o outro lado de tudo. Talvez assim eu me ache nada pleno de vazios cheios. E possa quiçá dançar um tango com a poesia. Um tango com os globos oculares ausentes. Que ao fim ela, a poesia, se canse de mim. E me empurre nos espinhos que plantei nos fatos. E me mande lavar louças no Aquer'Ontem. E cuspa em mim seu cuspe doce como algodão dócil. Depois, que me levantem as mãos do sonho. Drogado de realidade. Sem reputação. Assim, em desequilíbrio, o sonho macule. Me faça prender entre grades sistemáticas. Que me renegue delírios. Que me faça condenar aprisionado nos dias. E se os dias forem largos, que eu seja preso nas horas esquecidas, Ou nos minutos, ou nos segundos sem lembrança. Isso é porque estou pensando. Pensando. Pensando. Pensando. Pensando. Apenso para dentro. Que ao fim, me canse e descanse