PAIXÃO PASÁRGADA

Os pastores gelados que viriam nas bocas da ordem à deriva apenas antecipariam o abismo não fossem usados nos sorvetes Os políticos perdidos no tempo, camelo de infinitas corcovas a preencher todo o espaço Os livros, num mar vivo onde nadam idéias variadas, os livros, onde nos irmanamos às eras que se desviaram da eternidade

Mosca azul : som que toca em Raul

Nosso tempo opera em ponteiro tempera a pele o cheiro e se pela

Deixa  vários rostos iluminados no banco da praça. Uma mendiga  a raspar as axilas  de um resto de sol.

A nossa feliz hora é aquela em que sentamos sorrimos e aguamos o claro sob a alma e o pomos no corpo da Aurora.

Um sítio localizado na memória dos Areais. Um tapete de barro leva à bica da mente. Sempre há um cheiro de assombração tomando banho no espírito que conta a história.

Recordo, agora, placentas que no papel deixei. Qual o que Da minha Escrita Infeliz. Pelo fictício tragédias atravessam. O. Quem. Aqui o borrado ser descansa suas verborróidas no branco opaco. Todos esquecem algo-do-ser quando se convertem à Academia dos Poetas que dão o segredo da espada aos que ignoram o caminho de OZ (falso mago, aliás). O que é o ser poético se quando está e é movimento do lápis sem pensar sim/não? O. Que. Qual. Quem.