Há o quebradiço orgulho
de fazer relevos orais
num palanque velho,
como um leão de lata.
Alguns assim sôffregos
Entram na política.
Ele, o ser, vai salivando
com dissimuladas atitudes,
e avança e se torna
vaidoso em seu nada.
No poeta o desejo de ser os confins,
e assim enriquecer
na noite os jogos das florestas
que a mente tece e esquece,
enquanto o sonho afaga...
Há muita vida renhida
no poético corpo de barro,
embora a velhice seja faca.
Apesar da pele do espaço breve
nos órgãos do nosso tempo
de rouca linguagem política.
Comentários
Minha cidade tem muitas praças, e os mineiros são conhecidos pelo hábito de sentarem-se nos bancos das praças para 'prosear' enquanto o tempo passa.
'O espaço de ser' aqui me Minas é muito respeitado.
Beijo carinhoso! =*