Lúcia
Luz
Que ilumina estes cômodos
De alma com umidade,
Onde o espaço grassa
E mete as unhas.
Luz Lúcia
Luz
Que segura meus telhados
Antigos que se desfazem
Sobre caibros milenares
E verdes e tortos.
Lúcia
Luz luzindo,
Estou de novo em França
Onde era
Um tronco rugoso e barbudo
E te atravessava com
Espinhos enciumados melados na seiva
Da paixão doentia.
Lúcia
Que ilumina este quintal,
Onde uma arca se abre
E recebe minhas feras
Que herdaram da Idade Média
Patas que te marcam com misoginias
Religiosas.
Estou encarnado aqui
Neste lodo de grafite,
Com a alma apalavrada
Em sintaxes preguiçosas.
Te digo:
A arca navega
Sobre o sangue do tempo
E o poeta apenas vai sendo levado
Pelo papel onde cola espelhos.
Luz
Que ilumina estes cômodos
De alma com umidade,
Onde o espaço grassa
E mete as unhas.
Luz Lúcia
Luz
Que segura meus telhados
Antigos que se desfazem
Sobre caibros milenares
E verdes e tortos.
Lúcia
Luz luzindo,
Estou de novo em França
Onde era
Um tronco rugoso e barbudo
E te atravessava com
Espinhos enciumados melados na seiva
Da paixão doentia.
Lúcia
Que ilumina este quintal,
Onde uma arca se abre
E recebe minhas feras
Que herdaram da Idade Média
Patas que te marcam com misoginias
Religiosas.
Estou encarnado aqui
Neste lodo de grafite,
Com a alma apalavrada
Em sintaxes preguiçosas.
Te digo:
A arca navega
Sobre o sangue do tempo
E o poeta apenas vai sendo levado
Pelo papel onde cola espelhos.
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