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SE OLHARMOS NO CERNE

Talvez se olharmos no cerne
Do atabaque do Mestre do Tambor
E assim penetrarmos os nexos

Da Interior Selva
Encontraremos em nós o que dorme
E se seguirmos enfrentando as chamas
Acatando instantes imberbes,
Concordando em nossos troncos
Com as formiguinhas nas dermes,
Acenderemos com suas folhas

O caminho por entre átomos
Ao som do estalar palavras,
O coração aos berros veremos.

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