Pular para o conteúdo principal

PASSO ADIANTE O TEMPO E O MEU VAZIO

Perto de mim o tempo já chorava a separação. 
Como ajudá-lo?
Perto de mim, o tempo cansou os olhos do afago.
Naquele dia, o tempo sem olhar já sabia.
O perfil do tempo e os nervos estalados.
O tempo estava pleno de fatos potenciais.

Ele abriu o espaço e procurou alguma coisa.
Achou um trevo.
Pegou um trevo com um verde em mentira de amor.
O que é o Amor, eu lhes pergunto.
(Sinto a tentação da rima, mas não cedo neste assunto.)
Voltando: olhou no espelho os braços juntos e não entendeu.
O que o tempo viu fora de esquadro? O que?

Iria ficar velho, lhe disseram quando envaideceu.
O tempo, só agora, entristeceu. Se apegou.
O resto, bem......
Quando o ponteiro decidiu...
No exato momento em que...
Ele deixou que Ela se amasse.
E Ela o esqueceu.

Passo adiante o tempo e o meu vazio.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

ANTIGO NA CHUVA

A chuva no sonho máximo de alisar coisas secas pouca vergonha usa no se exibir molhada, cai vertical, nua das nuvens principais, fragmenta o agregado princípio, enquanto percorro o bigode  como um ser antigo, o sonho de folhas ao vento com a guerra ao norte  ... E começo a estender a arma eficaz - a toalha do pensar com estratégia densa, onde golpes anencéfalos esquecidos há anos aparecem do nada  e se servem dando ordem unida  na frágil luz do teatro

O CURSO DO RIO

Sei que o rio deve seguir seu curso. Mas preciso descansar entre as pedras correntes, As pedras cristalinas de seus olhos. Gostarias, sei, que eu movesse para ti Diamantes com lábios, algo assim. Mas quero-te foder a toda hora Com meus instintos de pedreira em sêmen.

MINHA NARRATIVA FINDARÁ

A narrativa é igual vida. A ausência de narrativa é morte. (Tzvetan Todorov) Minha narrativa findará. Não Foi tão boa. Não foi tão ruim. Será? Enfim, Como disse um (eu)migo: Tá ruim pra todos os pés. Meu pé dói pra alho caro. E sorrio Dolorido de pensar No ponto do borrão com que posso Pular no lombo-narrativa e criar O início. Não devo Parar a narrativa. Os órgãos clamam: - À morte !!!! À vida !!! O ser se finge de surdo E escreve-se entre as exclamadas.