Pular para o conteúdo principal

BEIJOS PRA 06 DE JUNHO DE 1992

Um beijo, mulher,
e eu saio pela avenida 9
como um campeão
do espaço profundo.

Dois beijos
e eu posso refazer o Rio Cubatão
a que nomeies todos os peixes.

Três beijos
e eu posso pular num pé só
por tantas horas quanto queiras

o Rio Mogi.

Quatro beijos
e eu posso trazer-te a música
que da terra ao céu cantavam

os pés dos 5 Manoéis.

Cinco beijos
e eu posso subir a Ponte do Arco-Ìris
ou até mesmo as Cotas junte
ao Cotia-Pará pra teu deleite.

Seis beijos e eu viro Peri
mostrando prazeres pra ti
redondo mas insano e quente

sustentando-te o sentimento.

Sete e eu sonho aqui.

Setenta vezes sete beijos
e de final viro começo
mesmo em Juízo condenado

a perder o logos, log(r)ado.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

ANTIGO NA CHUVA

A chuva no sonho máximo de alisar coisas secas pouca vergonha usa no se exibir molhada, cai vertical, nua das nuvens principais, fragmenta o agregado princípio, enquanto percorro o bigode  como um ser antigo, o sonho de folhas ao vento com a guerra ao norte  ... E começo a estender a arma eficaz - a toalha do pensar com estratégia densa, onde golpes anencéfalos esquecidos há anos aparecem do nada  e se servem dando ordem unida  na frágil luz do teatro

O CURSO DO RIO

Sei que o rio deve seguir seu curso. Mas preciso descansar entre as pedras correntes, As pedras cristalinas de seus olhos. Gostarias, sei, que eu movesse para ti Diamantes com lábios, algo assim. Mas quero-te foder a toda hora Com meus instintos de pedreira em sêmen.

MINHA NARRATIVA FINDARÁ

A narrativa é igual vida. A ausência de narrativa é morte. (Tzvetan Todorov) Minha narrativa findará. Não Foi tão boa. Não foi tão ruim. Será? Enfim, Como disse um (eu)migo: Tá ruim pra todos os pés. Meu pé dói pra alho caro. E sorrio Dolorido de pensar No ponto do borrão com que posso Pular no lombo-narrativa e criar O início. Não devo Parar a narrativa. Os órgãos clamam: - À morte !!!! À vida !!! O ser se finge de surdo E escreve-se entre as exclamadas.