Pular para o conteúdo principal

O CETICISMO DE LOUÇA

O ceticismo,
patrocinadores danados e bons
dão óbolo para a festa
pública, pagando
as roupas e o varal, o cansaço,
as louças para a pia da cozinha,
meu verbo é vírgula, e o texto
fica seco
quando lembro de um golpe sujo
contra um homem-barata,
o juiz não fez a contagem
e quase deu nocaute,
onde uma brecha de desumanidade
se mostra,
quem cobra?
quem cobra 
onde há ser humano nesse mundo
que dê uma alface 
para um prato que grite
ao rosto?
estou só 
porque o saco irremediavelmente está
cheio
sob o juízo do outro,
o outro que se acha
mouro,
ninguém se multiplica como acha,
dividimo-nos,
de mãos curvando as folhas,
ante o lucro das botinas do palácio

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

ANTIGO NA CHUVA

A chuva no sonho máximo de alisar coisas secas pouca vergonha usa no se exibir molhada, cai vertical, nua das nuvens principais, fragmenta o agregado princípio, enquanto percorro o bigode  como um ser antigo, o sonho de folhas ao vento com a guerra ao norte  ... E começo a estender a arma eficaz - a toalha do pensar com estratégia densa, onde golpes anencéfalos esquecidos há anos aparecem do nada  e se servem dando ordem unida  na frágil luz do teatro

O CURSO DO RIO

Sei que o rio deve seguir seu curso. Mas preciso descansar entre as pedras correntes, As pedras cristalinas de seus olhos. Gostarias, sei, que eu movesse para ti Diamantes com lábios, algo assim. Mas quero-te foder a toda hora Com meus instintos de pedreira em sêmen.

MINHA NARRATIVA FINDARÁ

A narrativa é igual vida. A ausência de narrativa é morte. (Tzvetan Todorov) Minha narrativa findará. Não Foi tão boa. Não foi tão ruim. Será? Enfim, Como disse um (eu)migo: Tá ruim pra todos os pés. Meu pé dói pra alho caro. E sorrio Dolorido de pensar No ponto do borrão com que posso Pular no lombo-narrativa e criar O início. Não devo Parar a narrativa. Os órgãos clamam: - À morte !!!! À vida !!! O ser se finge de surdo E escreve-se entre as exclamadas.