Tem amor que mora,
Noutro sem morada.
Tem amor que escora
Outro na amurada.
Tem amor de exórdio
Que no fim dá ódio.
Noutro sem morada.
Tem amor que escora
Outro na amurada.
Tem amor de exórdio
Que no fim dá ódio.
Tem amor que grita,
Outro, nem se agita.
Tem amor que reza,
Outro que blasfema.
Tem amor de estica,
Frágil pra um poema.
Outro, nem se agita.
Tem amor que reza,
Outro que blasfema.
Tem amor de estica,
Frágil pra um poema.
Outro, irreparável,
Tem retina gasta
De pele e paisagem
Do todo da amada,
E faz mil viagens,
Sonhando acordado.
Tem retina gasta
De pele e paisagem
Do todo da amada,
E faz mil viagens,
Sonhando acordado.
Outro, iniciante
nas artes do amor,
tremendo na base,
faz que vai, mas larga,
a si se sequestra,
num quase engasgado.
nas artes do amor,
tremendo na base,
faz que vai, mas larga,
a si se sequestra,
num quase engasgado.
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