Senhora Dona Persona,
E toda gente, me escutem:
Nasceu em solo baiano
Como Raul Seixas Santos
Nosso maluco beleza.
Fez-se lobo “kavernista”
Em sessão das dez, uivando,
Derrubando sopa em mosca,
No luar de si pairando.
Tentou o ouro de tolo,
Mas não quis esse caminho,
Embora cheio de sorte,
Pois seu sonho sob os astros,
E sob a luz foi mais forte.
Ao luar ele fez vôo
Raso, largo e bem profundo.
Fez o seu cantar famoso
Nos pegues-pagues do mundo.
Criou um rock gostoso,
Melado em baião, xaxado,
Tango e bolero sestroso,
Saindo um som dos diachos,
Sem mal, mas malicioso.
Sempre tentando outra vez,
Mordeu maçãs com verdade,
Rezando à Ave-Maria
Por mais criatividade.
Não desapontou o povo
Compondo belas canções,
Dando aos pedros brasílios
Uma obra de valor,
Com lucidez na loucura
Sem conselho ruim, careta,
De há dez mil anos atrás,
Buscando cedo as respostas,
Pois saber nunca é demais.
Alertando contra abusos,
Tinha audácia em suas vistas,
Sempre na frente da vida,
Sob o olhar dos fascistas.
Sonhou um dia com Freud
Em dentadura postiça,
Que sugeriu se deitar
Num hospital o Brasil,
Carente de ter Justiça.
Aguardou morte chegar
O seu sonho em paranoia,
Sob o rock das “aranha”,
À beira de um pantanal,
Onde um sábio bem chinês
Quer dançar num trem das sete,
Esperando o trem passar,
Qual messias em ascese
No egoísmo de amar.
Desde menino, Raul
Disse a todos só querer
Ser cowboy fora da lei,
Com seus cavalos calados
Na contramão da ampulheta,
Vestindo o tempo desnudo,
Um mito pleno de pó,
Sem carimbo de sistema,
Sem sonho sonhado só,
Tendo sempre em mira a interna
Sociedade Alternativa...
E toda gente, me escutem:
Nasceu em solo baiano
Como Raul Seixas Santos
Nosso maluco beleza.
Fez-se lobo “kavernista”
Em sessão das dez, uivando,
Derrubando sopa em mosca,
No luar de si pairando.
Tentou o ouro de tolo,
Mas não quis esse caminho,
Embora cheio de sorte,
Pois seu sonho sob os astros,
E sob a luz foi mais forte.
Ao luar ele fez vôo
Raso, largo e bem profundo.
Fez o seu cantar famoso
Nos pegues-pagues do mundo.
Criou um rock gostoso,
Melado em baião, xaxado,
Tango e bolero sestroso,
Saindo um som dos diachos,
Sem mal, mas malicioso.
Sempre tentando outra vez,
Mordeu maçãs com verdade,
Rezando à Ave-Maria
Por mais criatividade.
Não desapontou o povo
Compondo belas canções,
Dando aos pedros brasílios
Uma obra de valor,
Com lucidez na loucura
Sem conselho ruim, careta,
De há dez mil anos atrás,
Buscando cedo as respostas,
Pois saber nunca é demais.
Alertando contra abusos,
Tinha audácia em suas vistas,
Sempre na frente da vida,
Sob o olhar dos fascistas.
Sonhou um dia com Freud
Em dentadura postiça,
Que sugeriu se deitar
Num hospital o Brasil,
Carente de ter Justiça.
Aguardou morte chegar
O seu sonho em paranoia,
Sob o rock das “aranha”,
À beira de um pantanal,
Onde um sábio bem chinês
Quer dançar num trem das sete,
Esperando o trem passar,
Qual messias em ascese
No egoísmo de amar.
Desde menino, Raul
Disse a todos só querer
Ser cowboy fora da lei,
Com seus cavalos calados
Na contramão da ampulheta,
Vestindo o tempo desnudo,
Um mito pleno de pó,
Sem carimbo de sistema,
Sem sonho sonhado só,
Tendo sempre em mira a interna
Sociedade Alternativa...
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