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OUTONO QUE MONTA E MUDA

A ruga que se acumula
Na face que o espelho humilha,
Grandes lábios que se fecham
Ao sangue bom da virilha.
O justo que se intitula
Na injusta lei que espezinha,
A lasca que nos desunha
No avanço da calmaria.
O susto que se acasula
No acaso que cose a zica,
O achaque que enclausura
E mal dissimula a vinha
Que o outono monta e assina
Na inevitável sina.

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