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A POESIA FLUI

A poesia flui.
Desliza por teus seios,
no dedilhar dos ventos.
Mas a poesia pára.
Pára em teus seios
como um vulcão-ins/tinto.
A poesia é tara celeste.
A poesia é plasma.
Não, a poesia é cara.
Cara à tua carne
de páramos azuis.
Tegumento, a poesia cobre
o sumo da essência de teus cheiros.
Não, há infinitudes em teus seios.
Sim, são inchada loucura.
A poesia treme em torta febre
para a cura posterior
em teus meios.
É prisma.
Não, ela é figura.
Então, que eu disse?
Matéria escura?
Artéria e fogo.
O Deus vivo.
Viva Deusa.
A Morta Esquina.
Careta Brasílica.
Coisa azeda.
Gostosura.
Duro belisco
na alma/corpo.
Jogo físico.
Carência.
Fartura.
É onda ao vento.
É mar de juncos.
É o que eu disse.
É sempre e nunca.
Inutiliza? Desejo?
Amplia?
Flui em fiascos.
E é carne crua.
Como teus geométricos pensares...
Dura e passa.
A poesia que teus lábios
auguram desde o começo dos tempos.

Comentários

Anônimo disse…
Poesia é tudo isso e mais um pouco. Antítese, paradoxo. E também o ópio.

Muito bom seu poema!

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