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UNIVÉRSICO

Palavras vão saindo em cachoeira.
Uma cachoeira com buracos de universos.
Dizem que cada palavra gera a beira
Onde caem outras palavras.

Comentários

Dilmar Gomes disse…
Meu amigo Natan, teu cérebro é uma cachoeira criativa a jorrar versos sem parar...
Um abraço fraterno. Agradeço tua visita ao meu blog. Tenha um bom dia.

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É TARDE E ESTOU DENTRO

Domingo, um dia de algum abril É tarde e estou dentro de mim e de um ônibus, falo alto por fora num silêncio por dentro, bem atrás, de onde o cheiro reverbera, rodeada de uma porção de moscas humanas, de uma porção de coisas, uma mendiga entre sacos de plástico sorri sem nariz. . Uma outra mendiga finge ser madame, com um poodle de papel francês: caniche, com latido em bolhas, do imaginário desfiado em sacos plásticos de mercado. No lado esquerdo do ônibus, um ruela zé cospe nela seu cérebro podrelíquido. . Quando desço, desce a consciência comigo, caminha comigo desde há muito, a me ensinar que o excesso de perfume pode esconder uma alma empoçada. e vice-versa, ou quase.

O CURSO DO RIO

Sei que o rio deve seguir seu curso. Mas preciso descansar entre as pedras correntes, As pedras cristalinas de seus olhos. Gostarias, sei, que eu movesse para ti Diamantes com lábios, algo assim. Mas quero-te foder a toda hora Com meus instintos de pedreira em sêmen.

A PORTA ESTREMECEU

Eu olhei a porta estremecer, Bateram e invadiram. Estava entre a expectativa de algo E a sua conquista. Conquistaram A paz de meu lar. Me entregaram santinhos, Como esperança do Bem. Olho ambiciosas moscas Em suas palavras, Logo que saem. .