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AMOR PELAS MARGENS

Quando meu corpo morrer no teu.
Quando minha alma nascer no inverno.
Quando meu corpo morrer incréu.
Quando o ser meu morrer no breu.
Quando tudo for de mar e aurora.
Quando ouvirmos sinos sandeus.
Quando os rios nos fluírem antes.
Quando as águias cobrirem cimos.
Quando o jacaré abrir a boca em flor.
Quando as plantas conversarem.
Quando o amor deitar no Todo.
Quando as placas se amarem.
Quando as pedras se enfrentarem.
Quando os pombos panificarem.
Quando o teu rosto for de osso.
Mesmo assim o Poema Esperado
Cumprirá a Profecia de florir
As margens da aldeia 
Dos anjos rebeldes.

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O CURSO DO RIO

Sei que o rio deve seguir seu curso. Mas preciso descansar entre as pedras correntes, As pedras cristalinas de seus olhos. Gostarias, sei, que eu movesse para ti Diamantes com lábios, algo assim. Mas quero-te foder a toda hora Com meus instintos de pedreira em sêmen.

É TARDE E ESTOU DENTRO

Domingo, um dia de algum abril É tarde e estou dentro de mim e de um ônibus, falo alto por fora num silêncio por dentro, bem atrás, de onde o cheiro reverbera, rodeada de uma porção de moscas humanas, de uma porção de coisas, uma mendiga entre sacos de plástico sorri sem nariz. . Uma outra mendiga finge ser madame, com um poodle de papel francês: caniche, com latido em bolhas, do imaginário desfiado em sacos plásticos de mercado. No lado esquerdo do ônibus, um ruela zé cospe nela seu cérebro podrelíquido. . Quando desço, desce a consciência comigo, caminha comigo desde há muito, a me ensinar que o excesso de perfume pode esconder uma alma empoçada. e vice-versa, ou quase.

ANTIGO NA CHUVA

A chuva no sonho máximo de alisar coisas secas pouca vergonha usa no se exibir molhada, cai vertical, nua das nuvens principais, fragmenta o agregado princípio, enquanto percorro o bigode  como um ser antigo, o sonho de folhas ao vento com a guerra ao norte  ... E começo a estender a arma eficaz - a toalha do pensar com estratégia densa, onde golpes anencéfalos esquecidos há anos aparecem do nada  e se servem dando ordem unida  na frágil luz do teatro