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AO AMIGO DE DONS INFINDOS

Se você fizer palestra,
Não lhe perco a amizade.
Desde que seja humilde
E tenha sinceridade.

Se sua finalidade
For atrair novas feras
Pra amada Literatura
Ou a leitores que enxergam

Nela um novo prazer,
Não lhe perco a amizade.
Agora, vá se foder,
Se a si fizer caridade.

..Mas volte logo depois
Pra uma cervejinha esperta,
Tenda esse tempo ao calor
Ou tenda a ser de coberta.

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Domingo, um dia de algum abril É tarde e estou dentro de mim e de um ônibus, falo alto por fora num silêncio por dentro, bem atrás, de onde o cheiro reverbera, rodeada de uma porção de moscas humanas, de uma porção de coisas, uma mendiga entre sacos de plástico sorri sem nariz. . Uma outra mendiga finge ser madame, com um poodle de papel francês: caniche, com latido em bolhas, do imaginário desfiado em sacos plásticos de mercado. No lado esquerdo do ônibus, um ruela zé cospe nela seu cérebro podrelíquido. . Quando desço, desce a consciência comigo, caminha comigo desde há muito, a me ensinar que o excesso de perfume pode esconder uma alma empoçada. e vice-versa, ou quase.

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