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CRENÇA EM FARDOS

Um cheiro de poética grega.
Um tal observando uma bicicleta.
Faz de conta que não olho a moça em flor.
Um carro passa rente à bicicleta.
Um outro passa rente a um homem.
Ele tem a vista obstruída pelo açúcar.
Mas nenhuma dívida com os amigos.
Nós dois e mais uns doidos cremos
No magnetismo da linguagem.
Somos senhores sem vergonha
De poetizar Beleza e Podres Humanos.
Temos modos diversos de entrelaçar o verbo.
Mas nenhuma dívida e muita dúvida
Em cada tijolinho de nosso interior.
...Nós acreditamos em fardos.

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