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ARTISTAS DEVORADOS

Vai começar o espetáculo!
Adamastor, o Gigante,
Artística Sindicalidade 
Promontória,
Que estabelece sindicalmente
O profissionalismo com taxas,
Regras e etiquetas e cursos,
Alinhavou todos os artistas.
Adamastor está contente!
Vai começar o espetáculo! 
Os artistas de ego inflado
Por outros egos-flatos,
Os artistas ingênuos,
Os profissionais amadores,
Amadores profissionais, 
Todos neutros 
Em relação à Luta!
Ora, eles precisam armar o varal,
lavar a alma na Vara de Deus.
Porqu'ele brigou? Por nós.
Eu quero é ganhar! 
Diz o Eu(tista).
Adamastor Sindico devora os artistas que não lhe beijam,
Adamastor devora as almas devagar,
Adamastor passeia com seus cães
Que defecam figurinhas nas consciências,
Adamastor vendeu todos os ingressos, 
Adamastor se orgulha da Colônia Penal,
Premiando a inteligência abstrata
Do Artista Profissional Adamastor
Amador
Com vaga na Academia e no bar 
"DAS CINCO". Xanão.
"Chegou Payo de Maas Artes 
com seu cerame de chartes...
semelha-me busuardo viindo en ceramen pardo...
log'ouve manto e tabardo"
Adamastor, só Ele, Potestade 
Nas velas das acesas ventas
(e eu sem cabelo em cima)
Com taxas sobre o direito
De estar de cabeça erguida!
Adverte o Boca do Inferno:
"A cada canto um grande conselheiro, 
que nos quer governar cabana, e vinha, 
não sabem governar sua cozinha, 
e podem governar o mundo inteiro.
Em cada porta um freqüentado olheiro, 
que a vida do vizinho, e da vizinha 
pesquisa, escuta, espreita, e esquadrinha, 
para a levar à Praça, e ao Terreiro." 
O jogo sempre começa e recomeça, 
E o corpo de Adamastor não tem Arte Pura.
Sualma é uma tela de interesses de classe sem classe,
Onde Urdemalas mascara sorrisos prontos.

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