Pular para o conteúdo principal

CARNE E GULA

(E o filme, Inconstance?)

Quem sabe em mim te balance
E com paixão te cutuque,
E a febre de eros dance

Embora a morte retruque.
Quem sabe te telefone
Ou, só, bata um bom batuque.

Ou no escuro eu desconverse
As falas n' alta fervura.
Ou talvez eu faça mais.
Sabes bem o quê. Me apura
O costume de ajeitar
Mulher gozando cultura.

Aos pés de teus uivos loucos,
Te lamberei os buracos.
Tirarei toda aspereza,
Partindo teu corpo em nacos.
Salgarei nossos braseiros
Deixando-te nua em cacos.

Nos intervalos da rua,
Ou em becos sem quimeras,
Por sob a minguante lua,
Nosso amor em primaveras,
Enquanto a tara flutua,
Faz nossa carne sincera.

(Começou a luz na tela!).

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

ANTIGO NA CHUVA

A chuva no sonho máximo de alisar coisas secas pouca vergonha usa no se exibir molhada, cai vertical, nua das nuvens principais, fragmenta o agregado princípio, enquanto percorro o bigode  como um ser antigo, o sonho de folhas ao vento com a guerra ao norte  ... E começo a estender a arma eficaz - a toalha do pensar com estratégia densa, onde golpes anencéfalos esquecidos há anos aparecem do nada  e se servem dando ordem unida  na frágil luz do teatro

O CURSO DO RIO

Sei que o rio deve seguir seu curso. Mas preciso descansar entre as pedras correntes, As pedras cristalinas de seus olhos. Gostarias, sei, que eu movesse para ti Diamantes com lábios, algo assim. Mas quero-te foder a toda hora Com meus instintos de pedreira em sêmen.

MINHA NARRATIVA FINDARÁ

A narrativa é igual vida. A ausência de narrativa é morte. (Tzvetan Todorov) Minha narrativa findará. Não Foi tão boa. Não foi tão ruim. Será? Enfim, Como disse um (eu)migo: Tá ruim pra todos os pés. Meu pé dói pra alho caro. E sorrio Dolorido de pensar No ponto do borrão com que posso Pular no lombo-narrativa e criar O início. Não devo Parar a narrativa. Os órgãos clamam: - À morte !!!! À vida !!! O ser se finge de surdo E escreve-se entre as exclamadas.