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DECLARAÇÃO À ARTE

Sou firme no amor
a ti, ó Arte,
embora dúbio seja,
a me espreguiçar,

sem vontade
a não ser de ser 
folha verde
a flutuar-te,
sou firme ao seguir
e rastej'Arte

como Morrison
a dionisar-se,
caem de mim os cílios
por dizer-me poeta

e estar convencido de o ser,
depois os olhos, dedos, mãos,

pés, pernas, tronco, cabeça,
e no caminho cheio
de um eu a varejo
brota um buraco
qual uma boca
a sugar o nada
de onde parto
para qualquer coisa
que o amor à Arte
falhe

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