Meu tudo é abrir-te
Palavra
Sem que o tempo importe.
Há poemas-portas:
Carne para o corte.
Palavra
Sem que o tempo importe.
Há poemas-portas:
Carne para o corte.
Só a dor é chave.
Recurvada.
Vês nas mãos
De vidro em simulacro
Lâminas bem tortas?
Frágeis aportes
De irreal atrito.
Ter às costas
Asas em palitos,
Penas quebradiças
De desdita e pele póstera...
Sem que os céus se importem
E fogos esquentem,
Ao que és entortam
As palavras dentro.
Recurvada.
Vês nas mãos
De vidro em simulacro
Lâminas bem tortas?
Frágeis aportes
De irreal atrito.
Ter às costas
Asas em palitos,
Penas quebradiças
De desdita e pele póstera...
Sem que os céus se importem
E fogos esquentem,
Ao que és entortam
As palavras dentro.
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