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TENHO PALAVRAS: IDENTIDADE

Queimo com água vazia falas cheias

que estranham meus ouvidos.

Esculpo num mármore de silêncio.

Tenho medos que deslizam por lousas tumulares.

E o desejo se acumula em selva aberta por dentro.

Sou apenas um como os demais: cavalo.

Quatro patas, mil poemas em cada unha, crina

Na alma peluda, mil desesperos em cada pelo,

Hipomorfo, ungulado, boa velocidade

Para escapar de predadores-editores.

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