Pular para o conteúdo principal

FUTURO PREFEITO DONO DA GAW IMÓVEIS




Mané não conseguiu alugar aquela casa,
Ele achou caro, mesmo na hora do chá,
O pessoal da GAW disse que é o mercado,
O pó da angústia foi crescendo nele e ao redor


O dono da GAW foi de carro naquela direção
Para onde segue Mané. Lembras?

Os aluguéis estão muito altos
E naquela direção tem um rio,
E tem um cachorro semi-morto,
Um carro passou e não deu pra parar,
Aquele carro que está ali, 

Afundando e sendo levado

Veja,
Mané sabe das especulações,
Ele é razoavelmente culto,
Votou no dono da GAW muitas vezes,
Sempre traz um sorriso o dono da GAW,
Sempre se candidata,
E sempre tem um carguinho
Na prefeitura ou na associação
Dos comandantes das casas e hotéis da urbe,
E os que votam no dono da GAW tem esperança
De um quantum ou alguma coisa vantajosa pra si,
Ao menos um cargo safado de desconfiança


Veja,
Talvez o dono da GAW indague pouco
Ou quem sabe seja apenas um ator
Destes beneficiados por eventos grandiosos
Que entrou no filme sem fazer teste

Já representando um afogamento
Talvez o dono da GAW seja também
O produtor do filme como é o dono

De todas as casas, abrigos, prédios,
Almas, corpos, plantas, gude, sonhos,
Dos cidadãos que assinaram o pacto

Não veja se for impressionável,
Mas tenho pra mim que ele

Não tem intenção de parar o filme
"Quero a Prefeitura de Oz"

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O CURSO DO RIO

Sei que o rio deve seguir seu curso. Mas preciso descansar entre as pedras correntes, As pedras cristalinas de seus olhos. Gostarias, sei, que eu movesse para ti Diamantes com lábios, algo assim. Mas quero-te foder a toda hora Com meus instintos de pedreira em sêmen.

É TARDE E ESTOU DENTRO

Domingo, um dia de algum abril É tarde e estou dentro de mim e de um ônibus, falo alto por fora num silêncio por dentro, bem atrás, de onde o cheiro reverbera, rodeada de uma porção de moscas humanas, de uma porção de coisas, uma mendiga entre sacos de plástico sorri sem nariz. . Uma outra mendiga finge ser madame, com um poodle de papel francês: caniche, com latido em bolhas, do imaginário desfiado em sacos plásticos de mercado. No lado esquerdo do ônibus, um ruela zé cospe nela seu cérebro podrelíquido. . Quando desço, desce a consciência comigo, caminha comigo desde há muito, a me ensinar que o excesso de perfume pode esconder uma alma empoçada. e vice-versa, ou quase.

ANTIGO NA CHUVA

A chuva no sonho máximo de alisar coisas secas pouca vergonha usa no se exibir molhada, cai vertical, nua das nuvens principais, fragmenta o agregado princípio, enquanto percorro o bigode  como um ser antigo, o sonho de folhas ao vento com a guerra ao norte  ... E começo a estender a arma eficaz - a toalha do pensar com estratégia densa, onde golpes anencéfalos esquecidos há anos aparecem do nada  e se servem dando ordem unida  na frágil luz do teatro