Pular para o conteúdo principal

EM PROL DOS CANTOS

Os peixes estavam viscosos 
das águas-vivas meladas
de golfinhos e marinhas redes.
Então, em prol de cantos, ofertei-me.
Comecei a ler o jornal para Tritão.
Como a indagar de modo líquido
sem deixar que o nível estourasse
para melhor molhar sonho e sereias.
Sonante silêncio agudo fez-se nos corais.
Tubarões acenaram
com minha camisa de força de enguias.
Desembarquei nu
e como estava frio
confundiram-me com o 

iceberg que estava
de encontro marcado
com o Titanic.
Deram-me letras de nichos marinhos.
Disseram-me: nada por lá.
Observei o "dread" das sereias 

na Praia do Perequê.
Mas quando mergulhei nos ouvidos,
a inspiração pulou no mar.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

ANTIGO NA CHUVA

A chuva no sonho máximo de alisar coisas secas pouca vergonha usa no se exibir molhada, cai vertical, nua das nuvens principais, fragmenta o agregado princípio, enquanto percorro o bigode  como um ser antigo, o sonho de folhas ao vento com a guerra ao norte  ... E começo a estender a arma eficaz - a toalha do pensar com estratégia densa, onde golpes anencéfalos esquecidos há anos aparecem do nada  e se servem dando ordem unida  na frágil luz do teatro

O CURSO DO RIO

Sei que o rio deve seguir seu curso. Mas preciso descansar entre as pedras correntes, As pedras cristalinas de seus olhos. Gostarias, sei, que eu movesse para ti Diamantes com lábios, algo assim. Mas quero-te foder a toda hora Com meus instintos de pedreira em sêmen.

MINHA NARRATIVA FINDARÁ

A narrativa é igual vida. A ausência de narrativa é morte. (Tzvetan Todorov) Minha narrativa findará. Não Foi tão boa. Não foi tão ruim. Será? Enfim, Como disse um (eu)migo: Tá ruim pra todos os pés. Meu pé dói pra alho caro. E sorrio Dolorido de pensar No ponto do borrão com que posso Pular no lombo-narrativa e criar O início. Não devo Parar a narrativa. Os órgãos clamam: - À morte !!!! À vida !!! O ser se finge de surdo E escreve-se entre as exclamadas.