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AO LEITOR QUE MEREÇO





Eu só escrevo, não quero mais


Do que o teu contentamento.


Não quero ser desprezado,


Amados nos festivais.


Valem mais os elementos


Que a lua cria em teus olhos.


Valem teus sonhos fininhos


Que a meus sonhos vigoram.


Valem os teus comentários


Sobre os poemas chorosos.


Não escrevo para a brisa,


Não escrevo para o vento,


Mas quero teu concentrado


Saindo do coração. A minha paga


É sentir o solidário fermento


Quando vasculham meus versos


Teus olhos, febris acentos,


Que minhas letras dispersam


Por mais vivos sentimentos,


Ou não, se até mesmo negam.


Eu só escrevo, escrevo,


E escrevendo, padeço


Por não chegar onde devo


Por ti, leitor que mereço.

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