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PONTES NUAS DO RELÓGIO

O rio do tempo transcorre
soluços e esquecimento

sobre o charco
galhos passam

pássaros caem
bêbados de luar

e demônios ainda infantes
não fazem mal a ninguém

nas pontes nuas
do relógio

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ANTIGO NA CHUVA

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MINHA NARRATIVA FINDARÁ

A narrativa é igual vida. A ausência de narrativa é morte. (Tzvetan Todorov) Minha narrativa findará. Não Foi tão boa. Não foi tão ruim. Será? Enfim, Como disse um (eu)migo: Tá ruim pra todos os pés. Meu pé dói pra alho caro. E sorrio Dolorido de pensar No ponto do borrão com que posso Pular no lombo-narrativa e criar O início. Não devo Parar a narrativa. Os órgãos clamam: - À morte !!!! À vida !!! O ser se finge de surdo E escreve-se entre as exclamadas.