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NA PEDRA DO ESPELHO

Tudo o que escrevi na pedra
Reflui da água à margem,
Tudo o que refiz a traço,
Que reli, vivi no espaço
Em branco, por um triz
Não passo a régua.
Se chorei, ferido, em farras,
Com a filha duma égua
Da palavra avara,
Mais eu choraria, prego
Que sou neste ser de barro,
De verdes riscos, pacto
De um deus triforme
Com um espelhado,
Que nesta alma riscam
Formas inexatas.

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