Usava Aeshma Daeva
camisinha de couro
de tubarão maquiado
e masturbava-se com mão alisada em corais.
Era um deus natural como um adolescente cheio de hormônios.
Detestava salada de algas que serviam na cachoeira do acreditar.
Quando os agentes da lei pegaram aquelas meninas no sopé da favela e elas lhes ofereceram aquela coisa preta no meio das almas, exatamente quando cheirávamos o pó das estrelas, como iríamos resolver sem ódio?
Quando a gente entrou naquele bar, como escapar de odiar aquele Pai que condenava tudo o mais que não fosse seu falo ausente?Ainda mais quando ele nos olhou querendo converter-nos ao Natal, ao Dia de Reis, com seu cheiro de suor masculino.
O remédio foi matá-lo em nós, não por inteiro, pois restos de veda-rosca exalavam no ser/alma enroscado.
Aeshma estava conosco e, bêbado como um gambá, vomitou saladas primevas sobre os agentes legais, e, com hálito de águas tranquilas, escorou-se em nós quando saíamos da ilusão.
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