Com seus olhos úmidos, choveu.
Um anjo puro muito inimigo seu rezava no templo.
Coceira nas axilas do barranco estremecia o solo.
Mas ainda não era o fim.
Muito coçavam os pentelhos de Deus.
As árvores urinavam nas bocas dos rios.
Bebiam da inundação carontes mansos.
Aprenderam com as desbocadas quimeras do quarto.
No meu quarto, não mais lugar para livros.
Elfos amigos fodiam debaixo a falsos Cérberos, digo, Cérebros.
Fadinhas autofágicas vomitavam suas asinhas sobre o papel.
Paris ainda cintilava no postal antigo.
Quando puxei a descarga, nem tudo desceu.
O ar contaminado pelo cheiro chegou até os outros.
Falaram de minha mãe coisas que só eu sabia.
Sempre fui um oceano para meus pais. Sabia disso o peixe-boi.
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