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RISO PELA METADE

Que haja a Arte, tá bem?

Que tudo aconteça

Como para a estréia.

Que a queda seja a jato

Com final aos saltos

Em cada lado

Da instalação.

Desculpe o jeito

Com que me perco

Em desculpas

Depois que inventaram

A desculpa.

Ficou fácil

Olhar de lupa

Pra trás de Cuba-

Tao?

Desculpe os olhos

As pálpebras

Sombras-

Velhas córneas

Cristalinas

Olheiras

Perdidas

Na moldura.

Desculpe o sonho

Desculpe o gesto

Desculpe o riso

Pela metade

Desculpe eu ser

Não-ser-par(t)ido

Bem apartado.

Desculpe o turno

Desculpe o andar

Desculpe voar

D'asas vencidas.

Que minhas mãos

Sempre desgarram,

Metade em roubos,

Outra catando

Sobras de arroubos.

Desculpe a morte

Da letra infecta

Que me persegue

Em falsa letra

Como zumbi.

Desculpe eu terminar

Aqui.

Desculpe a sede de ser eterno.

Desculpe o meu verão de inverno.

Desculpe eu não terminar

Como eu te disse ao começar.

Desculpe eu não parar de falar.

As ondas batem nas rochas.

Mas quem circula em meu lugar

No Walking Dead?

Desculpe o amigo

Que bebe e fede.

Desculpe se eu

Não creio em seu.

Mas quando sorris, mulher,

Vai pra pqp!

Como faz sol em meu Brasil!

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