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RISO PELA METADE

Que haja a Arte, tá bem?

Que tudo aconteça

Como para a estréia.

Que a queda seja a jato

Com final aos saltos

Em cada lado

Da instalação.

Desculpe o jeito

Com que me perco

Em desculpas

Depois que inventaram

A desculpa.

Ficou fácil

Olhar de lupa

Pra trás de Cuba-

Tao?

Desculpe os olhos

As pálpebras

Sombras-

Velhas córneas

Cristalinas

Olheiras

Perdidas

Na moldura.

Desculpe o sonho

Desculpe o gesto

Desculpe o riso

Pela metade

Desculpe eu ser

Não-ser-par(t)ido

Bem apartado.

Desculpe o turno

Desculpe o andar

Desculpe voar

D'asas vencidas.

Que minhas mãos

Sempre desgarram,

Metade em roubos,

Outra catando

Sobras de arroubos.

Desculpe a morte

Da letra infecta

Que me persegue

Em falsa letra

Como zumbi.

Desculpe eu terminar

Aqui.

Desculpe a sede de ser eterno.

Desculpe o meu verão de inverno.

Desculpe eu não terminar

Como eu te disse ao começar.

Desculpe eu não parar de falar.

As ondas batem nas rochas.

Mas quem circula em meu lugar

No Walking Dead?

Desculpe o amigo

Que bebe e fede.

Desculpe se eu

Não creio em seu.

Mas quando sorris, mulher,

Vai pra pqp!

Como faz sol em meu Brasil!

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O CURSO DO RIO

Sei que o rio deve seguir seu curso. Mas preciso descansar entre as pedras correntes, As pedras cristalinas de seus olhos. Gostarias, sei, que eu movesse para ti Diamantes com lábios, algo assim. Mas quero-te foder a toda hora Com meus instintos de pedreira em sêmen.

É TARDE E ESTOU DENTRO

Domingo, um dia de algum abril É tarde e estou dentro de mim e de um ônibus, falo alto por fora num silêncio por dentro, bem atrás, de onde o cheiro reverbera, rodeada de uma porção de moscas humanas, de uma porção de coisas, uma mendiga entre sacos de plástico sorri sem nariz. . Uma outra mendiga finge ser madame, com um poodle de papel francês: caniche, com latido em bolhas, do imaginário desfiado em sacos plásticos de mercado. No lado esquerdo do ônibus, um ruela zé cospe nela seu cérebro podrelíquido. . Quando desço, desce a consciência comigo, caminha comigo desde há muito, a me ensinar que o excesso de perfume pode esconder uma alma empoçada. e vice-versa, ou quase.

ANTIGO NA CHUVA

A chuva no sonho máximo de alisar coisas secas pouca vergonha usa no se exibir molhada, cai vertical, nua das nuvens principais, fragmenta o agregado princípio, enquanto percorro o bigode  como um ser antigo, o sonho de folhas ao vento com a guerra ao norte  ... E começo a estender a arma eficaz - a toalha do pensar com estratégia densa, onde golpes anencéfalos esquecidos há anos aparecem do nada  e se servem dando ordem unida  na frágil luz do teatro