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SOU UM DE HAIR

Sou eu um dos que sonharam
E subiu no banquete sobre a mesa
Sou eu um caco de Diabo com Deus

Sou eu quem envelhece os próprios átomos
Sou eu quem se refaz de mortos cascalhos
Sou eu quem faz sóis compactos no lápis

Sou a órbita do papel escorrendo sangue
Sou quem permanece e subjuga a sombra
Sou quem se veste de noites em frases

Sou quem assalta signos
Quem se elabora as asas do fim
Quem cospe na dor atávica

Sou um eu fugindo dum mim

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O CURSO DO RIO

Sei que o rio deve seguir seu curso. Mas preciso descansar entre as pedras correntes, As pedras cristalinas de seus olhos. Gostarias, sei, que eu movesse para ti Diamantes com lábios, algo assim. Mas quero-te foder a toda hora Com meus instintos de pedreira em sêmen.

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