Pular para o conteúdo principal

LUZES DOIDAS DENTRO (à esposa)


Em teu jeito, Céu de Neve,

Deixo imberbes ramalhetes


De meu poema de verbo atlético

Surge o barco de pau-brasil e afeto


 

Em meu oceano de coisas pra te dizer

Há águas de lirismo e espumas de dor


Por tua lua, esposa, faço poemas de peles de lobo

Sei, por minhas falhas de pedra, que pequei


Bato nas pedras com lençóis de mel e luz

Bato nas pedras com semínimas de astros


Por você quero ter poemas aos mil

E significar e ressignificar-me


Recheado de neve cada verso perfura maçãs

E claras ânsias tenho entre teus braços


Tens olhares a que dou sentidos metafísicos

E nos quais me banho de luzes doidas dentro

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

ANTIGO NA CHUVA

A chuva no sonho máximo de alisar coisas secas pouca vergonha usa no se exibir molhada, cai vertical, nua das nuvens principais, fragmenta o agregado princípio, enquanto percorro o bigode  como um ser antigo, o sonho de folhas ao vento com a guerra ao norte  ... E começo a estender a arma eficaz - a toalha do pensar com estratégia densa, onde golpes anencéfalos esquecidos há anos aparecem do nada  e se servem dando ordem unida  na frágil luz do teatro

O CURSO DO RIO

Sei que o rio deve seguir seu curso. Mas preciso descansar entre as pedras correntes, As pedras cristalinas de seus olhos. Gostarias, sei, que eu movesse para ti Diamantes com lábios, algo assim. Mas quero-te foder a toda hora Com meus instintos de pedreira em sêmen.

MINHA NARRATIVA FINDARÁ

A narrativa é igual vida. A ausência de narrativa é morte. (Tzvetan Todorov) Minha narrativa findará. Não Foi tão boa. Não foi tão ruim. Será? Enfim, Como disse um (eu)migo: Tá ruim pra todos os pés. Meu pé dói pra alho caro. E sorrio Dolorido de pensar No ponto do borrão com que posso Pular no lombo-narrativa e criar O início. Não devo Parar a narrativa. Os órgãos clamam: - À morte !!!! À vida !!! O ser se finge de surdo E escreve-se entre as exclamadas.