Pular para o conteúdo principal

FALTA DE PROTEÇÃO AOS DA LAJE

Imóvel
observo e
salivo de mãos redigindo melosas
pois ela acordou imóvel em cima da laje
de bandas macias sobre a bandeja
de onde salta uma gota ardente
no suor salso de salamar

O desejo móvel do poeta
sempre foi buscar o som da luz
mas não a esperava em cima da laje
ensurdecendo olhos incandescentes
e penetrando nos poros da visão

Vejo os raios sobre suas espáduas,
o suor deslizante em seus vales
sua sensualidade ao vento do pensar
e já são dois: o vento e o sol
a desfrutar o frescor das ilhas

Ela se vira e sua planície aprazível,
solicitando exploração, recebe 
dos jardins próximos inveja a toda flor
e seus mamilos cerejas pra ponta do sol
atentam nuvens sonsas, qual
um violar de pintura sobre tela

(HÁ FALTA DE PROTEÇÃO AOS OLHOS)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

ANTIGO NA CHUVA

A chuva no sonho máximo de alisar coisas secas pouca vergonha usa no se exibir molhada, cai vertical, nua das nuvens principais, fragmenta o agregado princípio, enquanto percorro o bigode  como um ser antigo, o sonho de folhas ao vento com a guerra ao norte  ... E começo a estender a arma eficaz - a toalha do pensar com estratégia densa, onde golpes anencéfalos esquecidos há anos aparecem do nada  e se servem dando ordem unida  na frágil luz do teatro

O CURSO DO RIO

Sei que o rio deve seguir seu curso. Mas preciso descansar entre as pedras correntes, As pedras cristalinas de seus olhos. Gostarias, sei, que eu movesse para ti Diamantes com lábios, algo assim. Mas quero-te foder a toda hora Com meus instintos de pedreira em sêmen.

MINHA NARRATIVA FINDARÁ

A narrativa é igual vida. A ausência de narrativa é morte. (Tzvetan Todorov) Minha narrativa findará. Não Foi tão boa. Não foi tão ruim. Será? Enfim, Como disse um (eu)migo: Tá ruim pra todos os pés. Meu pé dói pra alho caro. E sorrio Dolorido de pensar No ponto do borrão com que posso Pular no lombo-narrativa e criar O início. Não devo Parar a narrativa. Os órgãos clamam: - À morte !!!! À vida !!! O ser se finge de surdo E escreve-se entre as exclamadas.