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A CAIXA DA ÁRVORE

Tirei a caixa de cima do guarda-roupa.
Ícaro.
No mar icário da cama a lancei.

Lençol azul manchado de borra e porra.
Montada a árvore, as mãos silenciaram.
Os sofás azuis encapelaram um instante.
Nossos navios quase foram ao fundo.
Os galhos da árvore já com neve,
sinos, bolas, estrelas artificiais,
pisca-piscas, presentes minúsculos
para as fadas dos pivôs dentários,
tudo para acender a alma do natal,
cheia de cupins trocando asas...

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