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POÇO TEMPORAL II

a cesura de sempre ficar
aqui interrompido
o nascer
a argúcia de sempre partir
triste sentido
a finura de sempre regar
o sol
amando
existindo rompendo
sempre
o ovo voando
o voo ovulando

a candura de sempre fingir
a brisa sonhando
não ter mais a amargura
da felicidade em pausa
a tortura de sempre migrar
pra perto das idéias cegas
a astúcia de sempre mudar
e permanecer
o pé da frente atrás
a tonsura no crânio do
temporal 
inquieto em mim
fendendo
sempre indo e vindo
circulando
o poço da pele
secando

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