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SOU A SOBRA QUE DÓI NAS SOBRANCELHAS

Eu sou o sol que som...
Sou a lua que luz...
Sou o tapete no qual mosquei..
E o escrito?
Tudo acabou?
O que começou?

Eu sou o carro.
O cão de orelhas murchas
Na frente dos bois.
Depois.
O pássaro sem noção de vento.
Sou o poema que se perdeu dos olhos.
Tudo foi em vão? Do. Da.
O que começou?

Sou o cavalo gerado por mãe-formiga.
Sou o assunto que não se inicia.
Sou o tema que ninguém glosa.
Sou o oceano que imita a si mesmo.
Para que servi, Tempo?
Para o som de corpo que se perdeu?

Sou o abraço sem braços.
O beijo sem bocas.
O braço reto da curva.
A sombra sem origem.
Para que existo?
Se vivo do que morre na memória?
Não sirvo à merda de um texto único.
E sirvo também.
Antes que me peçam
Que eu exista como régua, compasso
E transferi-
DOR.

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