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BELISCANDO MOLDURAS

Este é imagem súbita 
De meus recantos de nóia.
Não diga nada ao espelho
Que pensa diverso disto.
Quer o tudo que não tenho.
Quer o meu ser do avesso
E minha idéia contrária.
Vive a beliscar molduras.
E quando ouviu o barulho
De gente gritando : FORA
Disse DENTRO e se escondeu.
Peguei sete grãozinhos 
E os pus no aquário.
Todo mês eu o lavo
Qual se lavasse meu medo.

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