Pular para o conteúdo principal

TRAIÇOEIRO

...Uma cambada de abutres
Retalha o país com tudo,
Destruindo os direitos
Do ativo e aposentado,
Soando em votos rangentes
Vozes de loucos agentes
Com seus pecados rotundos.
Corta projetos sociais,
Constrói novas morais,
Deixando o pobre sem prumo.
Com sonhos na alvorada,
Que revelam pés, virilhas,
Incestos, taras, manias,
E a nudez mal castigada
De uma Justiça esquisita,
É esta cambada cheia
De recônditos desejos,
Quer a nação despossuída.
Vende, mesmo a baixo preço,
Seus caros, sagrados, veios.
Chovem conselhos de putos,
Revoltados dissolutos,
Viciado incestuoso,
Deputado que quer pobre
No seu lugar, sem estudo,
Palhaço desmilinguido,
Deputado em pleno gozo,
Em seu circo financeiro,
Senadores de banheira,
Motoristas delatores,
Politiqueiras beatas,
Cafetões e desviados
Cheiradores infelizes.
A passear pela rampa,
Té ator pornô e trouxas,
Jogador arrependido
E traídas namoradas,
Umas moçoilas lesadas,
Espiãs, amantes cheias,
Ajudantes de cadeia,
Militares desumanos,
Noivinha pronta, mãezona
Com cargo no pé da zona.
Fazem planos ardilosos,
Renitentes malfeitores,
Gravando suas tramóias,
Obedecendo os ditames
Do Poder que do ouro emana.
Recebendo os sorrisos
Da Máfia Americana
De escurecedor matiz.
Vibrando pelos ladinos
Becos de seus preconceitos
A rejeição aos latinos.
E se, na primeira olhada,
Não deu pra sentir o golpe,
Não dando convencimento
Do corte que é colocado,
Na nação, não haja engodo,
Se não há golpe ruidoso,
Sempre estará remexendo
Em seu pescoço a coceira,
Golpe de cobra traiçoeira.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

ANTIGO NA CHUVA

A chuva no sonho máximo de alisar coisas secas pouca vergonha usa no se exibir molhada, cai vertical, nua das nuvens principais, fragmenta o agregado princípio, enquanto percorro o bigode  como um ser antigo, o sonho de folhas ao vento com a guerra ao norte  ... E começo a estender a arma eficaz - a toalha do pensar com estratégia densa, onde golpes anencéfalos esquecidos há anos aparecem do nada  e se servem dando ordem unida  na frágil luz do teatro

O CURSO DO RIO

Sei que o rio deve seguir seu curso. Mas preciso descansar entre as pedras correntes, As pedras cristalinas de seus olhos. Gostarias, sei, que eu movesse para ti Diamantes com lábios, algo assim. Mas quero-te foder a toda hora Com meus instintos de pedreira em sêmen.

MINHA NARRATIVA FINDARÁ

A narrativa é igual vida. A ausência de narrativa é morte. (Tzvetan Todorov) Minha narrativa findará. Não Foi tão boa. Não foi tão ruim. Será? Enfim, Como disse um (eu)migo: Tá ruim pra todos os pés. Meu pé dói pra alho caro. E sorrio Dolorido de pensar No ponto do borrão com que posso Pular no lombo-narrativa e criar O início. Não devo Parar a narrativa. Os órgãos clamam: - À morte !!!! À vida !!! O ser se finge de surdo E escreve-se entre as exclamadas.