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AO LUAR NO CASTRO

Um vegetal não conseguia dormir,
a avenida estava quase,
o ar estava gélido, e ele avistou
dois homens com um cão,
aproximavam, pois,
quem dera lhe dessem
um cigarro de água ou dois.

Um dos homens tomou a dianteira
e arrancou o vegetal da raiz,
que ficou sem esperança que
lhe dessem um cigarro de água bom
lascaram gasolina sobre seu caule,
que iluminou a noite de súbito,
o homúnculoutro ficou a contemplar
as cinzas nas folhas do vegetal
que voaram ao luar, chuvosas
as asas de um anjo da guarda
entregue a um pensar solitário
no alto do Prédio Castro
abandonara o vegetal
passando a grafitar a cidade
com frases em aramaico...
..não, em AMARaico...

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