Com as mãos,
pega a farinha da alma
para a massa da poesia
e depois faz uns bolinhos
bem compactos
para que quando atinjam
a nuca da musa principal
o resultado seja visível
para todos que se atrevam
a ver o seu texto nu
(ah! tudo isso de virilha acesa!).
Seus olhos são nuvens com versos, caravelas e peixes. E eu sou uma ressaca marítima. Há sede debaixo de meus olhos. Há demasiada ansiedade em minhas naus de ondas. Não há vestes a proteger do frio. Não tenho muitas saídas, você sabe. Tenho de ser peixe. Estou uma confusão só. Sou um coral de crises. Sou um rodapé por uma estranha corrente. Talvez se me entendesse, poderia ser Netuno. O forno pifou quando eu planejava a queima sagrada. E a casa envelheceu na árvore da chuva que cai pesada. Há chuva que melhor que esta enobreça os olhos?
Comentários