Não te fies.
Escrever é difícil.
Poesia pode ser escara.
Fácil é a máscara.
Torta por dentro,
Não te aproximes,
Não faças barulho,
Escreve daí.
Só por fora,
Está muito diferente
O papel.
Não tem previsibilidade
O teclado.
Olha os tubos curvos
em seu verbo áspero
quebra queixo.
Mordeu-o a invertebrada
Sede de enfrentar
Moinhos de vento
E quebrou os dentes
Da Musa.
Palmas pra ele,
Ele não merece.
As gramas pinicam
Todos os pés
Que escrevem de mãos.
Sei que o rio deve seguir seu curso. Mas preciso descansar entre as pedras correntes, As pedras cristalinas de seus olhos. Gostarias, sei, que eu movesse para ti Diamantes com lábios, algo assim. Mas quero-te foder a toda hora Com meus instintos de pedreira em sêmen.
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