Reitero-me
Pra tentar em redemoinhos
E assim ressignificar-me
Na Arte de novo e de novo,
Como fauno à tarde sempre
A seguir as obras possíveis,
E vou ao fígado do mundo,
Amargo, ao sabor doce
Das ondas,
Reitero-me e
Corrijo-me entre as folhas amarelas
Que caem no lago, no ego
Seus olhos são nuvens com versos, caravelas e peixes. E eu sou uma ressaca marítima. Há sede debaixo de meus olhos. Há demasiada ansiedade em minhas naus de ondas. Não há vestes a proteger do frio. Não tenho muitas saídas, você sabe. Tenho de ser peixe. Estou uma confusão só. Sou um coral de crises. Sou um rodapé por uma estranha corrente. Talvez se me entendesse, poderia ser Netuno. O forno pifou quando eu planejava a queima sagrada. E a casa envelheceu na árvore da chuva que cai pesada. Há chuva que melhor que esta enobreça os olhos?
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